Expedição ‘Rastreando o Atlântico’ passa por Aracaju

Funcaju
20/08/2009 18h16
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Chegou a Aracaju a equipe de profissionais que está produzindo a expedição ‘Rastreando o Atlântico', exibida pela Rede Record de Televisão no programa Esporte Fantástico. A iniciativa tem à frente o experiente aventureiro paulista Lu Marini e conta com o apoio de outras oito pessoas indispensáveis para a execução do projeto. Entre eles estão produtores, profissionais de logística, meteorologista, pilotos, fotógrafo e cinegrafista.

O grupo foi recepcionado na tarde dessa quarta-feira, 19, pela diretora de Turismo da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Esporte da Prefeitura de Aracaju (Funcaju), Tanit Bezerra, em encontro realizado na praia de Aruana. O município viabilizou a hospedagem da equipe. Além de ser transmitida pela Record, Rastreando o Atlântico' será conteúdo de um documentário em DVD e do livro que o aventureiro lançará após o fim dessa grande aventura

O projeto de Marini é audacioso: percorrer cerca de 4.000 km da costa brasileira de paramotor, decolando do Rio Grande do Sul e pousando no Rio Grande do Norte, registrando através da captação de imagens o litoral de 12 estados, em aproximadamente 40 dias de pura emoção e adrenalina. A partida aconteceu no dia 15 de julho, na cidade de Torres (RS). A chegada estava prevista para o dia 25 na praia da Pipa, em Natal (RN). Mas como o progresso de Lu Marini depende das forças da natureza, o planejamento de sua equipe está sempre sujeito a alterações.  

Os maiores problemas para a realização da expedição são justamente aqueles relacionados às condições do tempo. "O fim dessa jornada deve sofrer um pequeno atraso. Isso porque perdemos algum tempo no litoral paulista por conta das chuvas, que impossibilitaram os vôos. E aqui no nordeste, além das chuvas, tivemos contratempos por conta da direção dos ventos", explica Lu Marini, que pode levar de três a quatro dias a mais para chegar ao destino final.

Em Aracaju, as condições do tempo na última quarta-feira não foram favoráveis para a decolagem dos paramotores. Estava chovendo e o vento permanecia contrário ao sentido do vôo de Marini e companhia. Com isso, eles foram obrigados a permanecer em terra.

É nessas situações que a equipe demonstra seu potencial de planejamento. "É como num jogo de xadrez. Só que aqui o principal adversário é o vento. Se o tempo em Aracaju não melhorar, vamos ter que subir até Alagoas pela estrada e fazer o vôo de volta a Sergipe, só para ter o vento a favor. É cansativo, mas vale à pena", garante o aventureiro. Dando sequência à expedição, após a passagem por Maceió (Al), a equipe parte para Pernambuco, Paraíba e, por fim, Rio Grande do Norte.

A hora do vôo

Com o sol aparecendo na capital, nesta quinta-feira abriram-se os caminhos no céu de Aracaju para o início dos registros aéreos do litoral sergipano. Daqui, os versáteis pilotos de paramotor da expedição, liderados por Marini, seguiram em direção ao litoral baiano, de onde já tinham vindo.

Por volta das 15h, os desbravadores da costa brasileira se encontravam no litoral norte da Bahia. O vôo em direção ao sul foi motivado pelos ventos que, até o momento, sopram neste sentido. No entanto, o diretor de imagem e produtor da expedição ‘Rastreando o Atlântico', Flávio Righi, baseado nas previsões meteorológicas, atenta para uma possível mudança dos ventos.

"Existe a possibilidade de os ventos passarem a soprar para o norte a partir de amanhã. Se isso acontecer poderemos nos preparar para fazer o vôo de Aracaju até Maceió. Se não for o caso e o vento-sul permanecer, teremos que subir de carro para o estado de Alagoas e fazer o trajeto de paramotor, descendo de volta a Sergipe", explica.

Equipe e rastreamento

Para a aventura, oito profissionais estão envolvidos diretamente na ação e vão acompanhar todo o percurso em um Motorhome (ônibus totalmente equipado) e um carro de apoio, também utilizado nos momentos de resgate.  No auxilio à equipe de resgate, informações serão atualizadas através de um sofisticado sistema de rastreamento, colocado no tornozelo do piloto, que emite o sinal de sua localização a cada 30 segundos, 24 horas por dia, durante todo o trajeto. O aparelho é o mesmo utilizado para monitoramento de presos em outros países. 

Aventureiro nato

Durante quase três anos, Lu Marini apresentou na Rede Record de Televisão o AUÊ, um programa de ação e aventura, transmitido para todo o litoral de São Paulo. Com o programa, Marini vivenciou experiências inesquecíveis e inéditas. Entre elas, merecem destaque a viagem no porta-aviões São Paulo e com a Esquadrilha da Fumaça, exploração de cavernas assassinas, manutenção de rede de alta tensão e, ainda, conheceu de perto as cobras mais venenosas do mundo.

Como piloto de paramotor, Lu Marini foi um dos precursores da atividade aero-desportiva no Brasil e, a partir de 2004, começou a trabalhar na organização do esporte. Foi o fundador da Associação Brasileira de Paramotor, se tornou piloto instrutor na Espanha e homologou a primeira escola para formação de pilotos e instrutores do esporte, reconhecida pela Autoridade Aeronáutica (ANAC).

Na atual empreitada, o aventureiro e sua equipe já encontraram nomes ilustres como o boxeador Acelino Freitas, o Popó, e o renomado velejador Amyr Klink. Além disso, fizeram as primeiras imagens de Baleias-Franca em 2009. A aventura pode ser acompanhada também através do site: http://www.aventurafantastica.com.br/, onde o piloto mantém um  diário de bordo.